quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Porque sim..

espremer a alma para ver se elimina o excesso que pesa. Não pode ela voar para longe e ser eu em todo o lado?não...doi-me demasiado a alma para voar.Bato a asa do sonho ferida e partida em mil desejos na ânsia de levantar vôo, mas esbato na loucura cega que me abarca com um beijo. Beijo que prende e tortura, beijo que envenena o descernimento deixando-me amorfa na sombra de lâminas...Vem e tira-me do pântano, ou melhor junta o teu pântano ao meu e conspurquemo-nos no desalento de antevermos o fim...ele vem sempre! pode vir matreiro, qual felino no escuro, pardo e assombroso para a ronronar nos ferir ou então.... enganemos o fim!Vamos esperar por ele acordados, juntos, perdidos de esperanças mas cheios de nós com a certeza única de nada vale sem o teu doce e hiptnótico desacreditar..
A escolha reside em aceitarmos o que sabemos que acontecerá resignados e precavidos ou esperarmos pelo Fatum com um sorriso de escárnio no rosto e o coração...bem, qual coração?O teu ou o meu que já fugiram para as o reino da inexistência..ou o Nosso, aquele que renascerá das cinzas quando deixares a brisa soprar entre o vácuo de nada?

Não sei...mas vem andar de baloiço sobre o precipício...Ah!traz-me uma flor..

As tartarugas também voam!

"Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus." (Albert Einstein)

Tributo

A caneta teima em não rolar sobre o papel.Obrigo-me então a experimentar novos mecanismos de expressão, por muito que tenha sido uma crítica acérrima.O sábio papel já não me aceita(não terei já sapiência para o fecundar), castiga-me e não aceita as minhas oferendas do íntimo.Com caprichos de ternura diluo o que penso nesta linha amorfa e recordo o mundo das palavras palpáveis..do cheiro a tinta e da textura do papel. Escorraçaste-me do mundo real da caligrafia, em troca faço-te um tributo sentindo já a saudade de te poder tocar.Recordo nostálgica os momentos que foste confidente cruel, amigo mordaz que me ouviste sem mágoa..estas metálicas ou plásticas(sei lá!) teclas são silenciosas, não me abraçam num traço mágico de criação, somente complacentes me autorizam a debitar o que quero. Onde está a partilha?Onde conseguirei deitar o jorro de sentimentos que brotam do peito,subindo a passo de peregrino em contenção até morrerem numa lágrima? Talvez aqui...ou noutro qualquer canto de sonhos..





Resumindo o que queria verter em ti:

Amo

Reflicto

Canso-me

Odeio

Questiono esperando respostas



Vivo?

Começo

Para primeira partilha deixo alguém que realmente sabe falar e expressar a Verdade... começar com o pé direito!

- Sabem quantas pessoas tem havido desde o princípio do mundo até hoje?- Duas. Desde o princípio do mundo até hoje não houve mais do que duas pessoas: uma chama-se humanidade e a outra indivíduo. Uma é toda a gente e a outra uma pessoa só.Um dia perguntaram a Demócrito como tinha chegado a saber tantas coisas. Respondeu: perguntei tudo a toda a gente.Bastantes séculos mais tarde Goethe confessou por sua própria boca que “se lhe tirassem tudo quanto pertencia aos outros, ficava com muito pouco ou nada”.Por aqui se vê que cada um é o resultado de toda a gente; o que de maneira nenhuma quererá dizer que seja o bastante ter cada qual conhecido toda a gente para que resulte imediatamente um Demócrito ou um Goethe! Precisamente o difícil não é chegar aos grandes, mas a si próprio!... Ser o próprio é uma arte onde existe toda a gente e que raros assinaram a obra-prima.O que está fora de dúvida é que cada um deve ser como toda a gente, mas de maneira que a humanidade tenha efectivamente um belo representante em cada um de Nós.'ALMADA NEGREIROS