segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Encontrei esta parte de mim perdida..

O que me compõe é tudo o que minha alma já viveu.
É tudo o que meu corpo já sentiu.
É o que eu me lembro, sonho, sinto:Amores, dores... Medos, vícios.
É o que eu crio para mim
E o que eu tiro... Desmorono...
E o que fica é só o verdadeiro:Componho-me.
O que me habita é tudo o que eu consinto.
Tudo que é intrínseco, eu convivo.
Todos os “eus” me habitam
E todos eles gritam...Fugas, fogueiras, fuzuês...
Habitam-me todos os sexos...
Crenças, cores, quereres...
E eu não fujo:Habito-me.
O que eu conheço é o que eu busco
E eu busco só o total...
O que toca fundo, o que tem sentido.
Meio termo, meio passo, meio vivo;O meio me faz mal.
Quem não se conhece aceita qualquer coisa...
Não conheço o caminho,... Mas hei de seguir...
Não sei do mundo, mas sei de mim:
Conheço-me.
O que eu permito é tudo que me eleva
Se não engrandece, não me acrescenta: desce!
A luz e a sombra me somam, me mostram, me são.
Sou o doce e o veneno, não há o que escolher...
Verso e inverso, yin-yang, eu me completo.
Não me tiro:
Permito-me.
Tudo que minha alma já viveu me compõe
E o que me compõe habita em mim
E o que habita em mim, eu conheço
E o que eu conheço eu permito
E o que eu permito, é.
Eu Sou.
Permito-me!

Catarina Salcides

Fantástico, verdadeiro, senti que poderia ter sido escrito pela minha essência.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Não desapareci

Ainda ando por aqui...não caí do baloiço, aliás, apanhei uma bola de sabão brincalhona e ando a flutuar sob os vossos corações...

Voltarei muito brevemente! :)
*

segunda-feira, 5 de maio de 2008

PliM!**


Já não escrevo há tanto tempo..não por falta de vontade mas sim por falta de tempo! há tanta vida para viver na rua, escrevo todos os dias nos raios de sol ou na sombra de um castanheiro... A primavera chegou e com ela a felicidade...Happy Happy Happy! Não quero palavras, quero acções..chega das telcas metálicas, vamos todos cantar ao vento..e sorrir como nos dias em que erámos plenos... O ida lá fora urge que o absorva de um trago!






"É Hora!"




até já! :)


segunda-feira, 7 de abril de 2008

Why won´t you?

Anyone who ever loved
could look at me,
and know that I love you
Anyone who ever dreamed
could look at me ,
and know I dream of you
Knowing I love you so
Anyone who had a heart
would take me in his arms and love me too
You - wouldn't really have a heart
and hurt me like you hurt me and be so untrue
what am I to do?
Every time you go away
I always say, this time it's goodbye dear
Loving you the way I do
I take you back, without you I'd die dear
Knowing I love you so
Anyone who had a heart
would take me in his arms and love me too
You - couldn't really have a heartand hurt me like you hurt me and be so untrue
what am I to do?
Knowing I love you so
Anyone who had a heart
would take me in his arms and love me too
You couldn't really have a heart
and hurt me like you hurt me and be so untrue


Anyone who had a heart would take me in his arms and always love me why won't you?

no balão....

A certeza de que nada é certo, de que tudo muda num sopro caprichoso, é o elo mais forte do ser humano com a própria vida. Nada nos sustém, nada nos garante, a não ser a essência de Sermos....Nós. E isso não podemos renegar, a eterna certeza; à deriva e incertos percorremos a estrada. Temos apenas uma escolha, derradeira. Se somos nós a escolher o trilho ou se deixamos a brisa incerta nos marcar as pegadas na areia. E se escolhemos o solitário caminho da responsabilidade, sofremos, tombamos, arrastamo-nos, mas sentimos a plenitude que é subir, alcançar, renascer. E aí reside a verdadeira beleza de ser humano, o poder de Fénix, de nos destruirmos, tornarmo-nos cinzas de nós mesmo e renascermos para mais uma jornada. O Bem e o Mal não existem, existem apenas os caminhos que nos fazem andar até um desses pólos...e o resto é conversa. Não somos perfeitos, nem divinos e não creio que seremos o ser eleito para alcançar o paraíso...muito pelo contrário. A nossa verdadeira perfeição reside no facto de contermos tudo o que de víl existe, de sermos contentores de dores e sonhos, prazer e defeitos. A imperfeição torna-nos verdadeiros. A hipocrisia de não o aceitarmos torna-nos mediocres. Eu acredito, e continuarei a acreditar. As dúvidas movem-me, as certezas castram-me e os sonhos fazem-me existir. E enquanto disser isto num sorriso saberei que sou apenas....Humana.

O meu caminho resida na busca da Verdade...qual eu não sei. Procuro a abrangência do ser humano, o sentir-me cheia em uníssono com os elementos que me rodeiam. Quero sorrir e chorar sempre em verdade, quero ser eu sentindo todos os que me rodeiam. A solidão seria em mais fácil, mas também bem mais vazio. Não se enganem, o caminho nunca será fácil nem prazeiroso....mas pensando bem, a verdadeira contemplação reside nesses entretantos.




"Graças a deus não nasci em 1500: nasci tarde demais para o desconhecido, cedo demais para a lucidez. Não sei o que procuro, mas sei do que fujo. Não sei o que encontro, mas sei que vou, que flutuo- como este grande balão, devagar mas em frente, suspenso sobre tudo o que são certezas, a terra firme onde os outros são felizes e realizados e eu não. "
Miguel Sousa Tavares Rio das Flores

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um sopro de verdade

Tanto para dizer...quando se lida com gente, carne e vontade, tudo se cria como a certeza que esteve sempre lá. Por muita camuflagem que tenhamos, e muita certeza que somos isto, ou aquilo, ou acoloutro....somos sempre a mesma matéria, repleta de duvidas que nos impulsionam o próximo passo. Não há melhor do que umas palavras com alguém, mas palavras reais, não daquelas que estão cheias de confettis e escárnio porque apenas temos de existir mais um dia. Nada é mais enriquecedor que partilhar horas com gente, mas gente verdadeira, sem nome, atributos, vaidades....não...isso fica à porta. E quando transpomos tudo isso...somos plenos de existência,aquela que grita no escuro-Quero sair! Quero apenas Ser....

Recebi tudo isto, dei tudo mais...o resto é conversa, e não tem espaço aqui. Fica sempre o sonho, que é tão real quando o deixamos ser....

quinta-feira, 27 de março de 2008

Comé?

depois de ver o Berlim, do teatro da comuna, pergunto-me se a cidade come, se segreda fluido que corrompe a ligação real à Existência. Vive-se bem aqui. A oferta sucumbe a procura e estamos cheios...mas de que forma? E Forma bate a Essência? o que é realemente real aqui? Breve apanhado do dia... acordar...ver pessoas. Ir às aulas, fingir entendimento, ver pessoas, trocar palavras soltas, caminhar; ir para o centro, socializar, falar, rir, intimar, insegurança; jantar num local cheio de pessoas; estar; sair a noite, falal, rir, entediar....dormir................hhhmmm e no meio disto tudo acho que dormi todo o dia....


Se calhar fumo demais, vejo demais, morro demais, vivo de menos.... ou não. Não há elações possíveis a tirar, os atractivos são muitos mas a carência tambêm......está tudo em saber como estar...