fragmentos dos meus sonhos são depositados aqui neste pequeno espaço no rizoma da comunicação..são tesouros guardados, lágrimas aliviadas que escapam por entre dedos, segredos contados ao ouvido do mundo...num sussuro público e púdico. Mas há mais pérolas fechadas nas suas conchas, perdidas entre o ondulante fluído de pensamento,só minhas..tão tuas...para nós. Se digo escondo, se sorrio mato, se abro caio, se estou elevo-me.

Há orgulho de medo, ou medo de não orgulhar... ou medo ferido sentido de fora que dilacera por dentro. Só há que saber limpá-lo...ou apenas deixá-lo crescer, sem nunca me afectar. E todo o teu mundo fica em ti, mesmo quando eu quero entrar no aterrador abismo do âmago e pintá-lo do meu cheiro, cheiro a verdade, cheiro a vontade....

Brinco e sorrio entre o lodo do que és, mas quero tanto chafurdar no lodo e torná-lo imensidão azul, mar de sonhos crescentes e receios moribundos. Abre a porta, ou melhor, abre a janela mais alta da torre...salto ventos e tempestades, apanho boleia do monstro e entro para o derradeiro Happily ever after... sem abertura não consigo...ainda não aprendi a passar barreiras....

Mas se quiseres posso aprender...

Se não, esqueço barreiras e abismos e caminho sozinha, derradeira para a luz.